um pouco,




Aqui verá um pouco...

Um pouco do que sou, um pouco do que fui, um pouco do que tento ser, um pouco do que talvez um dia serei,
um pouco de revolta, um pouco de grito, um pouco de solidão, um pouco de sonhos,um pouco de paz, um pouco de medo, um pouco de ódio, um pouco de alegria, um pouco de coragem, um pouco de fé, um pouco de amor, um pouco de verdade, um pouco de vida,
um pouco de mim !



Gabriele Lacerda

sábado, 5 de novembro de 2011

Cemitério de escravos,

Eis o portão que nos dá a estrada

Ao breve caminho da cruz

E o que ela te faz lembrar

Será que te recorda luz ?


Em um tempo antigo,

Viviam escravos e alguns senhores feudais

Em um longo percurso eles caminhavam

Crucificava-os ! E o enterravam,

Eis a paz !


Mas antes do sossego...

Havia o sofrimento!

Uma luta por vida,

Tamanho era o tormento !


Eram muito humilhados

Será que ainda são?

Estão mesmo escravizados,

Ainda negam-lhe o pão?


Ai tantas crueldades eram vistas, (Eram? )

Tantas injustiças aconteciam,

Será mesmo no passado

Que tais verbos devem ser conjugados?


Então na estrada eu paro para observar...

Nem mesmo a história do negro vão deixar ?

Até seus caminhos trilhados querem sepultar ?

Deixá-los esquecidos para ninguém mais recordar ?


Óh povo meu ! Clame por justiça,

Como pode uma história simplesmente não ser dita !

Afundá-las na amargura, afundá-las no esquecimento,

Será que mesmo sepultados, não existe ali tormento !


Vendo suas vidas esquecidas,

Vendo sua história posta de lado,

Como podem viver bem,

Se tamanho é o pecado?


Olhe em volta ainda é possível ver,

o pouco que ali sobrou...

Algumas vidas, alguns sonhos,

Que a história não apagou !


É possível resgatar não somente o que é terrível,

Não a história do sofrido,

Mas de um povo vencedor,

que sofreu, mas que lutou !


E mesmo que aqui,

Hoje enterrados !

Nas suas veias hoje correm,

A justiça do pecado!


Viva o negro trabalhador,

Viva o negro eloquente,

Que sempre busca o que é necessário

Para que as pessoas virem gente !


Gabriele Lacerda

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

uma fome por desrespeito,

Há tanta gente passando fome,
E nós ainda reclamamos quando a comida é repetida,
temos que repensar nossas atitudes
E o que estamos levando desta nossa vida!

Pessoas na rua morrendo de frio,
Enquanto você tem sua cama quentinha,
Orar por elas é suficiente,
Isso muda o estado de tais criancinhas?

Às vezes eu fico pensando,
que a gente faz tão pouco,
Ficamos só de longe lamentando,
E observando a vida dos outros,

Isso não é suficiente,
precisamos nos doar mais,
Lutar por essa gente,
Que só clama por paz...

Eu e você fazemos pouco,
Temos que meter mesmo a cara,
Ser de verdade o diferencial,
E vencer essa batalha,

Há tantas desigualdades
E ninguém faz nada,
Todo mundo fica em casa,
De boca fechada!

É preciso sair nas ruas,
Reivindicar nossos direitos,
Quem sabe um dia essas pobres criaturas,
Consigam um lar, um pouco de respeito.

E depois querem julgar,
Falar que são traficantes,
Acorda povo brasileiro,
Estão te roubando no palanque !

Gabriele Lacerda