em um dia comum incomum,

E  tem gente que ainda acha que o dia da consciência negra

É pra ficar com pena dos ''negão''!

Abre a sua mente e veja além,

Acorda meu povo, abra os olhos população!

Leia, se informe, procure e busque

Não fique na mesmice de acreditar no que todo mundo acredita

Va atrás, pesquise e faça a diferença

Mostre ao mundo aquilo que você realmente pensa!

Lute, persevere a favor de seus ideais

Pesquise, pesquise não fique só nos jornais

A tv te aliena e só mostra o que você precisa viver

Eles te enganam e não te deixam escolher

Acorda meu povo, está mais do que na hora,

O negão, o branco, o indio são diferentes só por fora

Por dentro é tudo mundo a mesma merda

E será que você não percebe e não enxerga?

E hoje eu comemoro porque já lutaram antes

Tiraram borboletas das dores incessantes

Quero igualdade, quero o povo feliz,

Chega de viver cada um pensando em seu próprio nariz !

Gabriele Lacerda

Doce Setembro,

E setembro chegou trazendo cores ao meu mundo que se encontrava em preto e branco

Chegou trazendo flores e deixando o seu perfume em todo o canto

Chegou trazendo sorrisos onde só a tristeza brilhava

Chegou trazendo consigo um novo amigo, uma nova caminhada!

E setembro chegou tão lindo, com um céu azul bonito esplendoroso

Chegou com um sol escaldante e com abraço bem forte e gostoso!

Chegou com aquela risada, de criança inocente!

Chegou todo delicado, como se fosse de Deus um presente!

E setembro chegou com muita alegria, trazendo sonhos e novos sorrisos!

Chegou tão devagar, com delicadeza e leveza de abrigo...

Chegou tão amoroso, com gentileza e sinceridade!

Chegou tão cheio de pureza, fazendo-me sentir a tal liberdade!

E setembro chegou, chegou tão lindo, tão puro, tão verdadeiro!

Chegou como um livro te fazendo viajar o mundo inteiro!

Chegou cheio de surpresas e como um doce apaixonado...

Chegou tão carinhoso para viverem enamorados!

E setembro chegou, tão doce...

Que seja doce pra sempre setembro !

Gabriele Lacerda

assim que vejo,

Poesia é VIDA!

Eu leio os outros, eu escrevo os outros,

eu escrevo a mim e me leio,

a cada verso a cada instante

pelo mundo eu dou um passeio.

Caio, levanto, rio choro,

troco palavras e amarguras

perto tão longe, longe tão perto,

na independência ou ditadura.

O mundo é o mesmo, e sempre será

o que muda são as pessoas

uns se rebelam, outros se oprimem

acham que a vida é triste, acham que a vida é boa

Mas o que na verdade eu admiro,

é a pureza das belas crianças,

muitos nem brincam, outros só trabalham

Vendem o almoço pra pagar a janta,

E os poderosos que tanto me indignam

A cada dia querem mais dinheiro,

Não pensam no próximo, não pensam nos filhos,

O que eles almejam é ganhar o mundo inteiro.

Então eu paro, e olho para o sistema,

E o que observo é que tudo é um círculo,

Tantos corruptos, tantos mentirosos

E eu e você elegemos isto.

Aí eu me lembro, e o anarquismo?

Nada de governo, nenhuma hierarquia!

Vamos fazer o que queremos, com ordem e decência

Será que seria mais fácil a nossa convivência?

Às vezes fecho os olhos, deitada em minha cama...

Será que o mundo é mundo ? Será que o mundo é humano ?

Há tantas inverdades, tanta miséria sem rumo

São tantas as minhas dúvidas, imensos os meus dramas...

Me sinto tão sozinha, querendo ver mudança,

Vou lutando e tentando mudar tantos pensamentos maus,

E a cada luta me gera mais incerteza,

Mais insegurança e mais medo do final.

Gabriele Lacerda

 

um homem qualquer,

Desfrutando de uma bela leitura

Em um transporte coletivo

Deparo-me com um homem, em alto tom

Fazendo um firme uso de sua voz

Para vender sua mercadoria

O homem gritava estorneamente

Que eu via de sua boca uma chuva de babas

Ele cheirava a sujeira

Um senhor do meu lado dormia...

Mas a altitude da voz daquele homem o acorda em grande susto,

O senhor delicadamente se ajeita e disfarça olhando para fora

O homem de mau cheiro continua transitando pelo transporte coletivo,

Eis que percebe momentaneamente que tudo está sendo em vão,

Nenhuma pessoa parece se importar,

Então ele puxa a cigarra e desce.. cabisbaixo 

O senhor, olha para mim com um olhar de pena e ao mesmo tempo de revolta,

E eu apenas o retribuo com um sorriso,

Percebo que está se aproximando da minha descida e me levanto,

O senhor diz vá com Deus minha filha,

E eu retribuo com outro sorriso.

Fico eu, a pensar no homem, será que ele não percebeu que estava incomodando as pessoas gritando? Quem sabe ele fosse surdo e não percebeu seu tom de voz ?

Sinto então muito pena, me lembrando daquele odor horrível em que ele se encontrava,

Fecho os meus olhos e converso com Deus.

Gabriele Lacerda

namoro sem beijo,

Namoro sem beijo é igual chocolate amargo,

Fica tudo sem graça, sem gosto, sem cor

É igual cinema sem pipoca, luz apagada sem tv,

Copa do mundo sem churrasco,

Aniversário sem festa !

É igual viver sozinho... sem amigos, sem carinho,!

É igual correr atrás do vento, você não tem emoção!

É como não subir em árvores, nunca ter soltado pipa, 

Ou ter rodado um pião,

Um namoro sem beijo é um namoro sem emoção!

Namoro sem beijo não tem tom,

não tem sabor, tudo fica sem jeito...

Tudo fica sem cor!

É como andar de bicicleta sem descer a lareira

É como dirigir sem ter a emoção daquela barreira!

É como cantar sem ter ninguém pra ouvir!

É como ir São Januário e não ver o vasco jogar...

É como acordar sem ter tido um lindo sonho...

Namoro sem beijo é sem graça, não deixa a vida colorida!

É  igual não ter sido criança!

Ter caido na lama, se jogado na cama !

Namoro sem beijo é totalmente sem brilho,

Sem o tom, sem contraste, tudo fica sem cor!

Namoro sem beijo é como se fosse fingido,

Como se inventasse uma verdade que na realidade não existe..

Namoro sem beijo é tão cheio de dor,

Não conforta, não apaixona

É como se não existisse o amor !

Gabriele Lacerda

Meu Vasco,

Ah, eu preciso dizer que eu amo muito o vasco!

Acho que até mais que muitas coisas que estão bem próximas de mim...

É um amor tão sadio, tão verdadeiro,

Que eu poderia sair gritando pelo mundo inteiro!

Ah, o Vasco da Gama!

Já me fez rir, já me fez chorar !

Com ele eu sofro, com ele eu me alegro,

Mas nunca em sua vitória, eu deixo de acreditar !

É meu vascão, estou contigo até o último minuto!

Até o juiz apitar e dizer que acabou...

Porque cada vitória renasce um amor..

E se há derrotas eu levo no peito uma dor !

Canto bem alto, bato no peito!

Não falem mal do meu time !

Porque aí eu me enfureço..

Cada um com sua torcida, cada um com seu amor...

Mas só pelo vasco será o meu mais terno e puro amor.

Grito, brigo, defendo com jeito..

Dou uma de técnica.. vai pra lá meu jogador..

Passa a bola por favor..

É como se em mim fosse gerando devagar..

Um filho, menino que está começando a caminhar!

É mais que um time ..

Está bem dentro dos corações..

Não torço por torcer..

Torço com prazer !

Quando perco um jogo...

Estraçalhaço o coração

Porque parece que sem minha torcida...

O me time vai perder...

Quando o vasco perde...

Gera em mim uma tristeza..

Parece até que uma parte de mim se foi..

Mas quando ele vence

O amor vai renascendo..

E bem dentro de mim... o coração vai pulsando e vai vivendo !

É só pelo vasco a minha paixão..

Podem dizer que é blasfêmia,

Mas é minha religião..

É meu time querido que pra sempre vou amar,

Na alegria ou na tristeza...

Não há como o deixar..

Sempre ao lado teu

Eu estarei por toda a vida...

O sentimento nunca acaba

Nesta estrada percorrida!

É por amor, é por paixão

Vasco da Gama é Religião !

Sou Vasco hoje

Fui ontem

E serei para todo o sempre...

Em toda a vida...

No céu ou na terra..

Sou Vasco agora...

Busco sempre a vitória!

Bato no peito, grito bem alto...

Só pelo vasco será o mais terno amor..

Na alegria ou na dor!

É por você que eu choro, grito, me exalto,

És minha paixão, és meu grande amor!

És meu time querido, és o meu Vasco!

Gabriele Lacerda

Lados contrários,

O coração estava
agindo com a razão
Por um curto espaço
de tempo...

Posso dizer convicta
de que realmente foi possível!
Mas logo, a
emoção tomou conta...

E uma gota de dor,
pingou sobre a suposta alegria!
E o que estava
aparentemente belo,
Começa então a se
embaralhar...

Vem então um
pensamento: ‘’O que fazer?’’

Deixa-se a leveza
apoderar do seu ser e voltar a sofrer
Ou continua-se com a
dureza da rocha?

Por fora a certeza, a
vontade de seguir em frente só...
E por dentro a dor, a
sensibilidade de deixar o outro ir...

Dor, sensibilidade,
tristeza, dureza, emoção, razão...
Que armadura usar
então?

O coração começa a
gritar por dentro e sangrar por fora...
Aperto...
Agonia...
Vontade...
Desejo...

Mas um medo que
impede de aceitar aquilo que poderia vir com mudança...

Quer muito
acreditar-se no novo...
Mas frequentes
atitudes desprovidas de bondade...

Os faz a cada
caminhar... Afastar-se!

E então... os caminhos se tornam opostos...

E nasce: a distância!

Gabriele Lacerda

um olhar do sofá,

Estou aqui sentada no sofá,
A minha volta: pessoas !
Alguns estudando...
Outros, ouvindo algum tipo de música !

Lá fora, a noite então começa a cair...
O calor vai se afastando,
E as crianças a sorrir !
E eu aqui sentada no sofá ...

Meditando na vida,
Pensando nos ideais,
Desfrutando em pensamentos,
Das tão boas novas que estão por vir ...

Escuto som de motos,
Barulho de motores,
Vejo pequenos gestos
E risos de crianças !

Um gritando vitória,
Outros esperando o fim...
E eu aqui sentada no sofá...
Apenas refletindo no porvir !

A cada passo que eu dou,
É uma caminhada para a liberdade !
Escuto choros, corro,
E alguém estende a mão...
Ouço um latido,
E um cãozinho carece de carinho,
Então...
Um ar refrescante paira sobre mim,
Estou aqui sentada no sofá,
Vendo justiças,
Vendo mentiras, vendo cinismo
E até fantasia !

Alguém diz: Não há de se julgar o outro !
Mas as pessoas fazem isto o tempo todo,
Estou aqui sentada no sofá,
Vendo manipulações claras,
E planos feios sendo postos em prática,

Estou aqui pensando,
No dia de hoje,
Uma data importante...
Sendo desprezada,
Um beijo...
Deixado para depois,
Mas alguns abraços de saudades
Sendo recompensados...

Estou aqui sentada no sofá,
Meditando nos fatos,
E pensando na vida,
No que aconteceu,
No que virá,
E neste momento
Me levanto para realizar !

precisava ser dito,

É tão bom ajudar as pessoas,

Seja com palavras, com gestos ou olhar...
Um abraço apertado ou um simples telefonema,
Poder o coração do outro, muitas vezes confortar!

É tão bom ouvir que você faz falta,
Por um amigo que se foi, um alguém que está distante...
Por alguém que você se importa, mas que não pode mais ver,
Por coisas que aconteceram, muitas vezes inconstantes !

É tão bom se sentir querida!
E retribuir o carinho, a alguém que se gosta !
Poder vê-lo feliz, poder vê-lo realizado,
Mesmo que esse alguém, nunca mais te bata a porta !

É tão incrível você perceber,
Que muitas vezes um amigo onde quer que ele esteja,
Está olhando por você, não importa a distância,
Querendo sempre o teu bem ! É isso que ele almeja!

É divino ser leal na amizade,
Poder rir e chorar e lamentar a partida,
Mas é dádiva ! O que quer que aconteça!
Carregá-lo contigo por toda a sua vida !